Objetivando uma melhora geral do quadro de saúde da minha mãe, realizamos um tratamento com OSTEOPATIA que, de uma forma geral, utiliza técnicas de manipulação manual e dos tecidos para reduzir disfunções e ajudar a equilibrar o organismo como um todo.
No caso da minha mãe, os objetivos principais eram a melhoria do tônus muscular para diminuir a rigidez, estimular funções cerebrais principalmente relacionadas a deglutição e movimentos dos membros e melhoria geral da parte visceral.
Após diversas sessões, não conseguimos constatar uma melhora efetiva para minha mãe. Infelizmente, talvez a idade e tamanho da lesão cerebral da minha mãe, as respostas sejam mais lentas e difíceis. Entretanto, gostamos muito do tratamento e continuamos a fazer com uma periodicidade um pouco mais espaçada. Recomendamos a tentativa de tratar com Osteopata e analisar os resultados. Lembrando sempre de buscar profissionais de saúde capacitados e com experiência no tratamento de pessoas acamadas.
A seguir são apresentadas algumas imagens das manipulações feitas pelo Osteopata na minha mãe.
Pessoas Acamadas
segunda-feira, 23 de outubro de 2017
domingo, 30 de julho de 2017
TRATAMENTO DE ESCARA - ELETROESTIMULAÇÃO E LEDS
Essa postagem vai abordar tratamentos em escaras com técnicas ainda pouco usuais mas que já vem apresentando excelentes resultados. Falaremos da Eletroestimulação com microcorrente e dos Leds de baixa potência. Minha mãe está utilizando os dois métodos e tem ajudado bastante na cura da ferida.
A Eletroestimulação com microcorrente tem ação analgésica, anti-inflamatória, tem alto poder anti-bactericida e gera nutrição para dentro da lesão elevando os níveis de proteína e acelerando o metabolismo para cicatrização. As imagens a seguir ilustram a utilização da Eletroestimulação.
Os LEDS, que tem a mesma função dos Lasers, porém envolvem a aplicação dos diferentes espectros luminosos. Cada coloração do LED tem uma função específica. A LED AZUL é anti-bactericida, proporciona hidratação tecidual e é cicatrizante. O LED VERMELHO tem ação anti-inflamatória é analgésico e cicatrizante. O LED AMBAR estimula a produção de colágeno importante para a cicatrização. As imagens a seguir mostram a aplicação dos LEDS.
Existe ainda a técnica que utiliza luz Ultra-Violeta (UVB) que é anti-bactericida, cicatrizante e estimula a produção de Vitamina D. Minha mãe não utilizou este método.
É importante frisar que a utilização desses métodos objetivam principalmente acelerar o processo de cicatrização das lesões e não substituem os tratamentos convencionais que incluem cremes, pomadas, soluções, coberturas, etc. Na realidade é importante a utilização conjunta dos tratamentos. Cada um tem o momento mais adequado para ser utilizado. Também, é de grande importância que a utilização dos tratamentos seja realizado por profissionais de saúde capacitados como fisioterapeutas com especialização em Dermato, mais especificamente em lesões teciduais. São eles que definem os melhores procedimentos e os momentos adequados para serem adotados.
quarta-feira, 28 de junho de 2017
TRATAMENTO DE ESCARA - GERAL
Sem dúvida os cuidados preventivos, tanto no hospital como em casa, são importantíssimos para evitar as escaras. No caso da minha mãe, em poucos dias no hospital abriu uma escara na região sacral e apenas agora, cerca de 2 anos e meio depois, ela está praticamente fechada. O objetivo dessa primeira postagem é descrever em linhas gerais os tratamentos que utilizamos e que podem ajudar outras pessoas na mesma situação. Ao longo do tempo, buscamos orientação de diversos profissionais de saúde incluindo médicos, enfermeiros e fisioterapeutas com especialização e experiência no tratamento de feridas. Em relação aos produtos, cada um a seu tempo, utilizamos diversos a base de alginato, prata, carvão, iodo, papaína, ácidos graxos essenciais, gel hidratante, hidrocolóides, EGF (Epidermic Growth Factor), enfim diversas pomadas e coberturas. Inclusive houve momentos que nenhum produto foi utilizado. Também variavam os momentos de deixar a ferida aberta para arejar ou fechada. Também, muitas vezes foi necessário fazer o debridamento na ferida que consiste em uma raspagem com bisturi na região para retirada da fibrina e estimular o crescimento celular. O chato da ferida nesta posição é que as fezes acabam entrando em contato e atrapalham o processo de cicatrização. Assim os curativos devem ser muito bem feitos para evitar a entrada das fezes na ferida e deve-se providenciar a limpeza e troca do curativo sempre que sujar. Também, nos últimos meses temos utilizado tratamentos menos conhecidos a base de laser e estimulação elétrica que serão detalhados em uma outra postagem. É importante frisar que todos os tratamentos devem ser empregados sob supervisão de profissionais de saúde. Não se deve utilizar produtos sem a devida orientação. A seguir pode ser visualizada a escara no inicio (cerca de 2 anos e meio atrás) e atualmente quase cicatrizada.
quinta-feira, 1 de junho de 2017
TRATAMENTO DENTÁRIO PARA ACAMADOS
Considero de grande importância fazer tratamento dentário nas pessoas acamadas. A boca pode ser a porta de entrada para infecções. Apesar da minha mãe não se alimentar oralmente, a higiene bucal diária e o tratamento preventivo ajudam na manutenção da saúde bucal ainda mais que minha mãe, apesar da idade, mantém boa parte da dentição natural.
No caso da higiene bucal, utilizamos escova de dente elétrica e com uma gaze estéril limpamos com enxaguante bucal suave. No caso da minha mãe, devido ela não engolir líquidos e a própria saliva, é importante utilizar pouca pasta de dente e não molhar muito a boca para evitar engasgamentos. Deve-se secar bem a boca após a escovação. Uma dificuldade que pode existir na limpeza bucal é quando a pessoa acamada trava a boca e é necessário forçar um pouco a abertura com os dedos. Para evitar riscos de receber uma mordida, o cuidador pode utilizar de um dedal para proteger o dedo utilizado no procedimento. As imagens a seguir ilustram procedimentos de higiene bucal que fazemos na minha mãe.
No caso do tratamento dentário, que é principalmente preventivo, logicamente existe a dificuldade de levar a pessoa acamada ao dentista. Felizmente, pelo menos aqui em Brasilia, existe serviço de atendimento dentário a domicilio inclusive diferentes planos de atendimento podem ser indicados conforme a situação. No caso da minha mãe, optamos por um tratamento mensal onde o dentista vem em casa e faz avaliações periódicas, acompanhamento da saúde bucal e procedimentos mais preventivos como limpeza com fluor, remoção de placa bacteriana, tártaro, etc. Quando necessário também é possível fazer restaurações e inclusive cirurgias. As imagens a seguir ilustram alguns procedimentos.
Apesar das dificuldades como o excesso de saliva, a pouca capacidade de engolir, as tosses, engasgamentos, o travamento da boca e o risco de mordidas, reitero que vale a pena o esforço para tentar manter a saúde bucal das pessoas acamadas da melhor forma possível. Estrategias podem ser pensadas para facilitar e tornar possíveis os procedimentos. Um exemplo é utilizar a aspiração para remover o excesso de saliva no momento do tratamento e evitar os engasgamentos.
quarta-feira, 10 de maio de 2017
EXCESSO DE SALIVA (SIALORRÉIA)
Minha mãe, por não conseguir engolir, acaba acumulando muita saliva na boca o que é muito desconfortável pois provoca tosse e engasgos contínuos, sem falar que é perigoso podendo causar broncoaspiração. Ela faz sessões diárias de fonoaudiologia objetivando principalmente melhorar a deglutição dela. Também, objetivando reduzir a salivação, tentamos utilizar algumas medicações que, geralmente como efeito colateral, provoca a "boca seca". É muito importante mencionar que os medicamentos devem ser administrados com autorização e supervisão médica.
Inicialmente tentamos alguns dias utilizar a ESCOPOLAMINA em gotas diretamente na boca dela mas não mostrou nenhum efeito. Talvez a salivação estivesse tão grande que logo que administrado o medicamento saía da boca junto com a saliva.
Passamos então para a ATROPINA, que é um colírio. Tivemos resultados variados. Tem momentos que a salivação diminuía e outros não. Neste caso, as gotas da Atropina devem ser administradas diretamente nas glândulas salivares o que muitas vezes é difícil. No caso da minha mãe, existe uma dificuldade muito grande dela abrir a boca e conseguirmos acertar corretamente a aplicação.
Após algumas pesquisas, verificamos a existência da ESCOPOLAMINA em formato de adesivo que originalmente é utilizado para enjoos mas tem como efeito a "boca seca". Este foi o medicamento que estamos utilizando atualmente com bons resultados. O bom do adesivo é que se aplica ele na pele (atrás da orelha) e não precisa forçar a boca dela e também não corre o risco de "errar" a aplicação. As imagens a seguir mostram o adesivo de ESCOPOLAMINA.
O inconveniente deste medicamento é que ele não está ainda disponível para venda no Brasil. É necessário comprar no exterior. Mas tem farmácias de outros países que enviam pelo correio o medicamento para o Brasil sem problemas. É importante pesquisar o preço. Achei mais em conta em uma farmácia na Europa. Nos Estados Unidos estava mais caro.
Também, nas sessões de fonoaudiologia, minha mãe utiliza, periodicamente, as bandagens terapeuticas elásticas (TAPES) que objetivam exercitar a musculatura da face e também estimular a deglutição. A foto a seguir mostra um exemplo da bandagem.
Lembrando que a aplicação dessa bandagem deve ser feita somente por fonoaudiólogos capacitados. O uso incorreto pode causar bolhas e feridas, além de tornar a a bandagem ineficaz.
Inicialmente tentamos alguns dias utilizar a ESCOPOLAMINA em gotas diretamente na boca dela mas não mostrou nenhum efeito. Talvez a salivação estivesse tão grande que logo que administrado o medicamento saía da boca junto com a saliva.
Passamos então para a ATROPINA, que é um colírio. Tivemos resultados variados. Tem momentos que a salivação diminuía e outros não. Neste caso, as gotas da Atropina devem ser administradas diretamente nas glândulas salivares o que muitas vezes é difícil. No caso da minha mãe, existe uma dificuldade muito grande dela abrir a boca e conseguirmos acertar corretamente a aplicação.
Após algumas pesquisas, verificamos a existência da ESCOPOLAMINA em formato de adesivo que originalmente é utilizado para enjoos mas tem como efeito a "boca seca". Este foi o medicamento que estamos utilizando atualmente com bons resultados. O bom do adesivo é que se aplica ele na pele (atrás da orelha) e não precisa forçar a boca dela e também não corre o risco de "errar" a aplicação. As imagens a seguir mostram o adesivo de ESCOPOLAMINA.
O inconveniente deste medicamento é que ele não está ainda disponível para venda no Brasil. É necessário comprar no exterior. Mas tem farmácias de outros países que enviam pelo correio o medicamento para o Brasil sem problemas. É importante pesquisar o preço. Achei mais em conta em uma farmácia na Europa. Nos Estados Unidos estava mais caro.
Também, nas sessões de fonoaudiologia, minha mãe utiliza, periodicamente, as bandagens terapeuticas elásticas (TAPES) que objetivam exercitar a musculatura da face e também estimular a deglutição. A foto a seguir mostra um exemplo da bandagem.
Lembrando que a aplicação dessa bandagem deve ser feita somente por fonoaudiólogos capacitados. O uso incorreto pode causar bolhas e feridas, além de tornar a a bandagem ineficaz.
terça-feira, 18 de abril de 2017
PREVENÇÃO DE ESCARAS
Um dos grandes riscos para pessoas acamadas é a possibilidade de ocorrência de escaras (úlceras de pressão) em diversas partes do corpo devido a falta de mobilidade. Os idosos são ainda mais propensos em apresentar escaras devido a maior fragilidade da pele. A preocupação com as escaras deve ocorrer logo que a pessoa é internada e existe a previsão de ficar longo tempo deitada. Geralmente pacientes em estado grave que estão na UTI.
Aliás, são nas UTI`s onde a possibilidade de ocorrência de escaras é grande. Minha mãe, inclusive, adquiriu uma escara em pouco tempo de internação da UTI. É importante questionar os médicos e enfermeiros responsáveis para que tomem os devidos cuidados. A mudança de decúbito é um procedimento de praxe nas UTI`s, mas nem sempre é feito nos períodos adequados. Depende muito da equipe de enfermagem responsável e do número de leitos ocupados (normalmente são muitos em qualquer hospital). Existem hospitais com câmeras de vigilância sobre o leitos para que os técnicos de enfermagem sejam monitorados e avaliados se estão fazendo os procedimentos corretos.
No momento que a pessoa é internada na UTI, muitas vezes a equipe hospitalar se preocupa em principalmente salvar a sua vida e tentar estabilizar a sua condição. A própria família acaba ficando desnorteada neste momento inicial.
Mas, apesar do momento difícil, é importante tentar evitar as escaras desde o inicio pois inclusive podem ser portas de entrada para graves infecções.
Bem, reforçando, é muito importante conversar com os médicos e enfermeiros sobre a ocorrência de escaras. Checar se os cuidados serão tomados e acompanhar de perto. Logicamente conforme o caso, solicitar a permanência de um acompanhante o maior tempo possível com o paciente na UTI (alguns hospitais permitem e outros não).
Outro procedimento de grande importância é utilizar o colchão pneumático. Levar para UTI mesmo e depois usar nos aptos do hospital e em casa. Esse colchão fica enchendo e esvaziando automaticamente alterando a superfície e auxiliando na prevenção das escaras. A seguir consta uma foto do colchão pneumático. Existem os colchões Caixa de Ovo que ajudam um pouco mas não são tão efetivos e existem relatos que podem acumular ácaros, fungos e outros organismos danosos a saúde. O colchão pneumático permite uma excelente higienização. Na minha opinião todos os leitos de UTI já deveriam ter o colchão pneumático.
Colchão pneumático para prevenção de escaras
Finalizando, a prevenção é o melhor remédio. Minha mãe adquiriu uma escara em poucos dias no hospital e estamos lutando há 2 anos e meio para curar. Os cuidados devem ser tomados no primeiro dia de internação e prosseguir quando o paciente acamado estiver em casa.
segunda-feira, 17 de abril de 2017
NOSSA ROTINA
A seguir será descrita a nossa rotina diária padrão que conseguimos ajustar considerando as suas necessidades e os atendimentos que são realizados. Também constam uma breve descrição e informações importantes.
9:00 - Preparação para o Banho. Vamos acordando ela devagar;
9:30 - Banho. Não consideramos adequado dar o banho muito cedo pois as vezes o tempo está frio;
10:00 - Curativo. Infelizmente na UTI ela adquiriu uma escara na região sacral de difícil cicatrização;
10:30 - Banho de Sol. Felizmente minha mãe consegue ficar sentada na cadeira de rodas e sair um pouco de casa;
11:00 - Sentada na Sala. Na cadeira de rodas assistindo TV;
12:00 - Volta para Cama. Momento de descanso;
15:30 - Sentada na Sala. Na cadeira de rodas;
16:30 - Volta para Cama;
20:30 - Sentada na Sala. Na cadeira de rodas assistindo TV;
21:30 - Volta para Cama. Dormir.
Infelizmente, devido a escara, não podemos deixar ela sentada muito tempo. E, ao longo do dia, é necessário e muito importante fazer a mudança de decúbito para evitar novas feridas. Mudamos a posição dela na cama a cada 2/3 horas. Também checamos constantemente a necessidade de troca de fraldas para evitar infecções.
Em alguns momentos do dia ela recebe atendimento dos profissionais de saúde (fonoaudiólogos, fisioterapeutas, etc) que encaixamos da melhor forma possível na sua rotina considerando também a disponibilidade deles.
9:00 - Preparação para o Banho. Vamos acordando ela devagar;
9:30 - Banho. Não consideramos adequado dar o banho muito cedo pois as vezes o tempo está frio;
10:00 - Curativo. Infelizmente na UTI ela adquiriu uma escara na região sacral de difícil cicatrização;
10:30 - Banho de Sol. Felizmente minha mãe consegue ficar sentada na cadeira de rodas e sair um pouco de casa;
11:00 - Sentada na Sala. Na cadeira de rodas assistindo TV;
12:00 - Volta para Cama. Momento de descanso;
15:30 - Sentada na Sala. Na cadeira de rodas;
16:30 - Volta para Cama;
20:30 - Sentada na Sala. Na cadeira de rodas assistindo TV;
21:30 - Volta para Cama. Dormir.
Infelizmente, devido a escara, não podemos deixar ela sentada muito tempo. E, ao longo do dia, é necessário e muito importante fazer a mudança de decúbito para evitar novas feridas. Mudamos a posição dela na cama a cada 2/3 horas. Também checamos constantemente a necessidade de troca de fraldas para evitar infecções.
Em alguns momentos do dia ela recebe atendimento dos profissionais de saúde (fonoaudiólogos, fisioterapeutas, etc) que encaixamos da melhor forma possível na sua rotina considerando também a disponibilidade deles.
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